Desempregada, Renata virou manicure. Sueli se envolveu em ações para imigrantes e abriu um brechó. Pâmela formou-se em Nutrição, mas se descobriu como designer de interiores. De maquiadora, Janaína se tornou instrutora de reiki e mindfulness. Após retornar do Japão, Luzia criou um projeto para mulheres em situação de vulnerabilidade. Depois de muitas outras atividades, Damaris é feliz como terapeuta. Quando os planos precisaram mudar, elas apostaram na reinvenção de suas vidas.
“Hoje eu ser uma empreendedora, chefe de família, com duas filhas criadas, pra mim é sensacional. Hoje eu sou tudo o que quero ser. Eu sou a mãe, sou a empresária, sou a mulher.”
“Aos 17, 18 anos eu senti um chamado especial para poder trabalhar com pessoas e fazer esse trabalho missionário. Eu conversei com o pastor da minha igreja, conversei com a minha família e fui morar no Rio de Janeiro para estudar. Fiquei lá quatro anos e fiz meu seminário lá.”
“Acho que o empreendedorismo tem vários sentidos, e eu vejo o empreendedorismo mesmo quando você não tem um negócio. Eu falo muito isso para as mulheres: empreender é você acreditar em alguma coisa, é idealizar um projeto e fazê-lo acontecer.”
“Quando eu tinha 15 anos, repeti o primeiro ano do ensino médio e escutei do meu pai que eu só iria servir para lavar banheiro da casa dos outros, igual a minha mãe. Aquilo criou uma crença muito grande de que eu só serviria para servir aos outros, para obedecer ordens. Entre entender e desinternalizar isso de dentro de você, é um processo meio grandinho.”
“Eu tenho muitas lembranças do Imirim; é um bairro muito tranquilo. Não consigo me ver morando em outro lugar, apesar de ter ficado 18 anos no Japão, que também é minha segunda casa, de onde eu gosto muito, mas agora o Brasil é meu foco.”
“Eu descobri que era capaz, aprendi a não dar ouvidos ao que as pessoas falam. Porque alicerce de luta e estudo eu já tive lá atrás, mas também teve essa queda com a morte da minha mãe, dei uma estacionada. Quando comecei a caminhar com o grupo de estudantes negros, com a juventude negra de São Paulo, eu renasci.”